Thursday, February 10, 2011

NUS E DESAVERGONHADAMENTE HOMENS!


*Luiz Correa

“ Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Genesis 2:7)

A frase-titulo desta edicao de “Uma Pitada de Sal” foi a frase de encerramento do artigo da edicao anterior em que tratei do tema “As mulheres encontram o poder e as ruas perdem a feminilidade”. Confesso que eu mesmo fui impactado com a frase e passei a cultivar essa nudez sem vergonha !!! A nudez do autor teve sua apoteose quando as palavras fluiram, sem censura, e expuseram publicamente a sua condicao de homem!
Afirmei, no artigo citado, que tenho grandes e boas amigas e foi uma delas que me enviou o seguinte texto:
“Hoje as ruas estão assim, sentindo falta da feminilidade das mulheres.
E as mulheres estão nas ruas, sentindo falta da verdadeira masculinidade, não nas ruas, mas em suas casas.”
Exposto publicamente e agora desafiado pela procura em mim mesmo da masculinidade que me perpetuaria o direito de ser: NU e DESAVERGONHADAMENTE HOMEM!
Fui gerado e educado por uma mulher. A presenca masculina nao esteve presente em meu desenvolvimento! Entao, coube a mim mesmo a aventura, nada facil, de me tornar um homem do qual viesse a me orgulhar. Nao completei ainda a tarefa. Mas, no decorrer da caminhada descobri que masculinidade nao significa machismo e que SER homem baseia-se tambem em demonstrar sentimentos, poder amar e se emocionar publicamente sem constrangimento. Ora, se o proprio JESUS, o homem por excelencia, se emocionou e chorou publicamente como nos curvaremos a imposicao de que homem nao chora? Parafraseando Pablo Neruda: Confesso que chorei! Confesso que apresento um grau maior de sensibilidade, ao inves de agressividade! Confesso que amei e nao desisti ainda de amar! Confesso que nao me adapto ao modelo de homem tradicional (hipocrita) e que busco viver a minha masculinidade da maneira que entendo ser biblicamente humana e humanamente biblica!
Nao sou um metro-sexual, sujeito da cultura do consumo e da imagem, personagem central de uma sociedade calcada tiranicamente no consumo, que procura criar uma cultura cada vez mais voltada para os produtos cosméticos, estéticos, para o mundo da moda e para o culto à imagem do corpo, “um produto fetiche que serve às demandas e necessidades do mercado da imagem e do consumo, encerrando o “novo homem” em mais uma identidade, na qual ele não teria condições de assumir as conseqüências de uma sociedade herdeira do capitalismo tardio e das tecnologias do ser”.
Masculinidade, entao, nao pode ser expressa em centimetros ou quilogramas! Antes, a expressao da mesma se realiza na capacidade de superacao da condicao de macho a de homem. Deus criou o macho e formou o homem!
O homem oferece o lado a mulher como no ato da criacao. Caminha com ela sem enxergar apenas a femea. Encontra nela amizade e cumplicidade e retribui com generosidade o que recebe.
Nao se envergonha de sua condicao de homem e, por isso, se desnuda desavergonhadamente. Aquela que caminha com ele sente a gentileza de sua forca e a forca de sua gentileza. Compactua da forca de suas verdades e desfruta da verdade de seus sentimentos.

*Licenciado em Filosofia, Habilitado em Psicologia e Historia (Brasil); Especializado em Logoterapia pela Universidade da Africa do Sul; Associado Academico do Viktor Frankl Institute of Logotherapy (USA); Ministro Evangelico vinculado a AFMI (Apostolic Faith Mission International). No Brasil e membro fraterno da Convencao Unida Brasileira.

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