Monday, December 3, 2012

INIQUIDADES GOSPEL!
Não, não é o nome de um novo grupo musical evangélico.
Não, não é a música de mais um rapper convertido, mas bem que poderia ser!
Apenas a expressão que encontro para descrever o que ocorre no "admirável 'novo mundo' gospel'"!
Falo da concentração de recursos financeiros, os empreendimentos faraônicos de alguns ministérios, a iníqua concentração de dons que poderiam ser "redentores" em comunidades que estão logo ali, ao lado dos templos construídos para "EUS"!
Talvez Baby do Brasil não tivesse que voltar para a Babilonia, ela está bem perto de nós!
Muitos estão atuando debaixo da "unção" de NINROD, o visionário que idealizou a cidade que tocaria os céus, que edificaria um nome para ele e o seu povo, que depois de edificada congregaria todos em uma só linguagem e intento.
Também Babel é uma expressão da globalização da fé.
Enquanto o propósito de muitos ministérios é resistir à dispersão, criando um monumento para si mesmos, o propósito do IDE é espalhar os discípulos por todo o mundo!

Tuesday, May 8, 2012


OS TEMPEROS DA VIDA
A  produção greco-turca de 2003, “O Tempero da VIDA”,  roteirizada e dirigida por Tassos Boulmetis  é uma daquelas obras do cinema que não ganharam badalação na mídia nem entraram no circuito comercial. No entanto, têm conteúdo, são belas e inesquecíveis.
O filme conta a história de Fanis, um grego que teve uma infância feliz em Istambul, na Turquia, marcada principalmente pelos ensinamentos do seu avô – dono de uma loja de especiarias, cheio de sapiência, que costumava ensinar sobre astronomia, amor e relações humanas a partir da culinária e da magia dos temperos. Fanis, claro, viu a sua existência ser impregnada por aquele verdadeiro filósofo e seus ensinamentos.
O argumento do filme veio a trazer a confirmação daquilo que eu ja experimentei muitas vezes. A ligação da vida com seus temperos. A vida sem sabor, amargos ou doces, nao é realmente vida!
A nossa memoria olfativa nos faz ligar aromas a situaçoes do passado e presente. Assim tambem a nossa memoria palativa nos traz doces ou amargas lembranças!
Interessante é que a vida esta cheia de aromas e sabores que, em algumas fraçoes de segundos, nos fazem viajar no tempo.
O cheiro do sabonete “Phebo”  me conduz ao final de minha adolescencia quando estive por uma temporada em Belém do Para, misto de viagem missionaria e aventura teatral. A vida naquela é poca era docemente perfumada pelos ideais!
O sabor inesquecivel de um doce de mamao, uma das (poucas!) especialidades culinarias de minha mae, ou o  sabor simples de um pastel com caldo de cana (um paulista entendera isso) podera parecer proletario demais para alguem, mas para quem se distanciou de sua  terra torna-se uma razao de saudades. A saudade é um tempero agri-doce!
Apaixonado pelas letras fui apresentado ao Livro dos livros e descobri que a poesia não era profana e que o amor era o mais sacro dos sentimentos. O banquete de Salomão, com tortas de uvas para restaurar as forças, maçãs para revigorar, e a presença de aromaticos e suaves perfumes me despertou para a “exoticidade” da vida. A vida é  mais do que a rotina massacrante, a vida é  poesia, viagem, sonho!
O cheiro do café torrado, moido na hora,  na padaria da esquina pode nos fazer  imaginar que a vida é  simples,“muito simples para quem esta cansado e precisa marchar”, citando o estadista e poeta angolano Agostinho Neto. A simplicidade é um tempero essencial, sem ela a vida se torna complexa e “destemperada”.
Quantos outros aromas! Quantos outros sabores nos apresentam a vida!
Nao esquecamos que tambem o amargo do limao que, adocicando,  transformamos em limonada faz parte da feira que se coloca diante de nos a cada dia. Muitas vezes, como ocorreu com Noemi,  as decepçoes da vida nos tornam amargos , mas assim como as aguas de Mara se tornaram doces podemos ter a certeza de que o Senhor dos temperos, o Mestre da cozinha existencial sabera dar o sentido devido ao sabor.
Da terra africana escrevi que “perfume pela manhã no decorrer do dia se torna em odor e gotas de suor se tornam em sabor...” , não preciso explicar isso para quem ja viveu ou visitou Africa!
Ainda reservarei mais tempo aos banquetes da vida, ainda me deitarei em seu divã.  Enquanto o nardo exalara o seu perfume, apreciarei o sabor exotico do suco de  romã. Depois, descerei a jardins de nogueiras e brindarei, com uma taça de vinho aromatizado, diante da morte: Um brinde a vida!

Friday, March 16, 2012

OLHA O AMENDOIM!(Rev. Luiz Corrêa)Uma das perguntas mais freqüentes que recebo é: “Quanto custa viajar para África?”, essa só perde para: “Que horas são aí?” quando falo com pessoas on-line!A história que vou contar tem sido usada por mim para desafiar os interessados em realizar uma viagem missionária, mostrando-lhe que existem inúmeras formas de se levantar recursos para isso. Afinal, se o Senhor chamou enviará os recursos e um dos canais será a nossa criatividade.Na década de 90 eu já realizava reuniões evangélicas em Língua Portuguesa na cidade de Pretoria, capital administrativa da África do Sul e alguns membros do corpo diplomático da Embaixada Brasileira faziam parte desse grupo. Uma manhã recebi a ligação do secretario do Consulado solicitando a minha ajuda, tratava-se de uma cidadã brasileira que desembarcara no Aeroporto Internacional Oliver Thambo, Johanesburg, e que não havia recebido a autorização para entrar. Portanto, a brasileira deveria retornar no mesmo vôo que a trouxera no dia seguinte. A minha assistência fora solicitada pois a mesma informara às autoridades que havia sido enviada por DEUS e, por razões humanitárias gostariam que eu comunicasse-a acerca da decisão oficial. Pensei: “mais um desses missionários malucos que passam por aqui!”, mas concordei com a condição de poder falar com a irmã sozinho em uma sala privada pois , antes de tudo, desejava ouvi-la. Além disso, certifiquei-me de que a mesma seria assistida com algum auxílio durante aquele dia. O Consulado assumiu a responsabilidade em aloja-la em hotel até o dia seguinte, e destinar-lhe alguma ajuda financeira para alimentação.Chegando ao Aeroporto fui apresentado à irmã e dirigimo-nos à sala que havia sido reservada para o encontro. Ela, uma senhora de aparência humilde e de traços nipo-brasileiros, apresentou-se como membro de uma determinada igreja e disse-me que havia recebido uma “palavra” acerca de sua ida para África. Contou-me o esforço que fizera para levantar os valores para aquisição do bilhete aéreo e os preparativos para sua viagem missionária. Confesso que fiquei sensibilizado pois era claro o enorme esforço que a mesma havia feito para estar ali, sendo que ouviria a seguir a determinação das autoridades de retornar no mesmo vôo que viera. Contou-me como o Senhor lhe dirigira para levantar os recursos: vender amendoim. Isso mesmo, ela levantara o valor do bilhete aéreo vendendo amendoins. Imagine quantas medidas de amendoim (a medida comum em SP é uma latinha de massa de tomates) ela tivera de vender!Na medida em que ouvia ficava mais difícil a minha missão e, em meu coração, pedia ao Espírito Santo que me orientasse. Em determinado momento olhei para ela e perguntei: “Irmã, o que, exatamente, o Senhor lhe disse para fazer aqui em África?”. Um momento de silêncio e ela olhou-me nos olhos e disse: “Somente para vir. O Senhor disse-me para vir.”; Olhei-a nos olhos e falei: “Pois é irmã, a senhora veio!”. Resposta: “Sim pastor, eu vim!” e conclui apresentando a sua situação legal e informando-a do seu retorno e daquilo que havia acordado com o Consulado Brasileiro. Ela feliz afirmou : ”Deus cuida dos seus, pastor.” Certamente, disse, Deus cuida dos seus minha irmã!Tendo a certeza de que a irmã estava encaminhada avisei o pessoal que me acompanhara que podíamos retornar para Pretoria. Viagem marcada por momentos de silêncio e curiosidade por parte dos meus acompanhantes. Claro que não se contiveram e acabaram por perguntar por que Deus havia enviado aquela senhora para retornar no dia seguinte, isso com um toque de ironia. Momento marcante para mim quando as palavras saíram de minha boca: “Deus a enviou para falar comigo!”, sendo que naquele momento não entendi a dimensão de minhas palavras. “Mas, o que Deus falou com o senhor pastor?”. Respondi: “Eu sou um pastor-missionário, espera-se de mim que eu ouça e obedeça quando o Senhor falar. Mesmo que seja para comprar um bilhete aéreo, viajar horas até outro continente, falar com uma pessoa e retornar. Porém, eu teria dificuldade em obedecer uma direção assim, pois pensaria no preço do bilhete, no número de horas de viagem e outros e encontraria, enfim, muitas “razões” para não obedecer. Mas essa senhora obedeceu, vendeu amendoins e comprou o bilhete, cruzou o atlântico e aqui esteve para me dizer: “Se tiver dificuldades financeiras para cumprir uma missão: venda amendoins.” Disposição para obedecer é o início de um milagre em nossas vidas! Já contei essa história centenas de vezes e cada vez que a conto me convenço de que o Senhor realmente enviou aquela mulher para falar comigo. Após esse incidente desfrutei de muitos milagres de provisão quando viajava para o que entendia ser uma missão. Cada vez que me dispus a vender amendoins o Senhor abriu o seu celeiro de bençãos e supriu as minhas necessidades, segundo as Suas riquezas em glória

Thursday, March 15, 2012

DECOLAR É PRECISO!

Tive a honra de ser um os preletores do Encontro Nacional de LíderesJUAD realizado em Florianópolis-SC. Privilégio foi também ser ministrado através de outros vasos de honra que ali estavam!
Creio que a Pra. Eliane deverá ser responsabilizada pela “Pitada deSal” desta edição,
pois em um momento inspirado afirmou que quando eraconfrontada com críticas
por não “decolar” pois não trocava de carrotodo o ano, não mudava de casa,
etc...ela rebateu dizendo que“decolava” sim, para África, Europa, Bolívia,
USA. Portanto, decolar épreciso, mas na direção e com as motivações
certas!Creio que o grande desafio para nós é compreendermos que
nãoprecisamos provar nada para ninguém e nem nos curvarmos a
um“evangelho competitivo” onde o sinal de espiritualidade se evidenciano
“decolar” equivocado. Cada um e nós tem a sua própria rota rumo agrandeza.
Escolho a palavra grandeza ao invés de sucesso paradiferenciar o sucesso
apregoado pelo século em que vivemos. Afinal, “éo sucesso e não a grandeza o
deus que governa este século”.Ser grande é maior do que ser bem sucedido. É
ir além do sucesso! É osucesso direcionado ao bem dos outros. Poderia dizer
que é o “sucessosolidário”, daquele que se realiza promovendo o sucesso dos
outros.Certa ocasião usei o exemplo de Mardoqueu, o primo de Ester, como
um“empreendedor social” e como um homem elevado à grandeza: “E todos
osatos do seu poder e do seu valor, e o relato da grandeza de
Mardoqueu,a quem o rei exaltou, porventura não estão escritos no livro
dascrônicas dos reis da Média e da Pérsia?” (Ester 10:2)É possível ser
uma pessoa de sucesso, segundo s padrões do mundo, enão desfrutar da virtude
da grandeza. Mardoqueu é o maior exemplo deum homem que foi grande em seu
tempo pois o seu sucesso foi colocado àserviço de sua comunidade.O homem
bem-sucedido é abençoado por seu povo e não meramenteaplaudido pela
multidão. A grandeza sobrevive ao sucesso e deixamemória para as gerações
vindouras. “Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do rei Assuero,
egrande entre os judeus, e estimado pela multidão de seus
irmãos,procurando o bem do seu povo, e proclamando a prosperidade de toda
asua descendência. (Ester 10:3)Henry Ford define o segredo de uma vida
bem-sucedida da seguintemaneira: “o verdadeiro segredo de uma vida
bem-sucedida é descobrirqual é o destino de uma pessoa e então
cumpri-lo”.Decolar é preciso! Em direção ao nosso destino, ao propósito que
ocriador semeou dentro de nós antes da fundação do mundo!Decolar é
preciso! Rumo à grandeza, decidindo hoje deixar uma herançapara as gerações
vindouras!Decolar é preciso! E atos de grandeza o passaporte para uma viagem
bem-sucedida!O ator Dany Thomas afirmou: “O sucesso da vida não tem nada a
ver como que você ganha ou consegue para si mesmo. Ele é o que você faz
pelosoutros.”

AI! O QUE EU FAÇO?

Estava na cidade de Dubai aguardando a conexão para o Brasil quandoadormeci na sala de espera do aeroporto e tive um estranho sonho. Nãosonhei com o dia em que a terra
parou, embora seja tentado a pensarque ela já parou e nós continuamos nos
movimentando. Aliás, essaquestão de movimento , às vezes, me faz pensar.
Aumentamos a cadadia o ritmo de nossas vidas sem nos perguntar para onde
estamos indo.A liberdade de movimento em nossa época nos enclausura em um
movimentosem propósito!Sonhei, ou acho que sonhei, que chegava em um
país e no aeroportocentenas de pessoas aguardavam por alguém que se tornara
celebridade.Em sua bagagem trazia o incrível feito de ter ido e agora
estarvoltando. Acordei com o sistema de som do aeroporto anunciando
oembarque. Em seguida alguém me pergunta se eu era árabe, ao querespondi
que era brasileiro. O interlocutor, visivelmente animado,disse que conhecia
uma música do meu país: “Ai se eu te pego...”,totalmente estranha para mim
até então. Pensei, grande sinal deminha existência, que preciso me
atualizar!Embarquei e adormeci novamente para continuar o sonho. Gosto
decontinuidade que até sonho procuro continuar. Nesta nova etapa dosonho
eu estava em outro país e todas as emissoras de televisãodisputavam para
entrevistar uma celebridade que tinha ido e agoravoltava. Na verdade me
pareceu um pouco confuso o fato de a própriaentrevistada não saber
exatamente a origem de sua fama. Os sonhospareciam se cruzar quando fui
despertado pelo aviso de turbulência.Decidi não sonhar mais! Durante o
restante da viagem preencheria otempo com leituras e filmes. Viagem longa é
como devorar um elefanteadulto: “uma mordida de cada vez”.Nos próximos
dias a minha mente seria inundada pelo som frenético de“Ai se eu te pego...”
nos intervalos comerciais das entrevistastelevisionadas daquela que foi e
voltou. Descubro, então, que meussonhos não eram sonhos mas tinham virado
pesadelo nacional. Ou, seilá, se meus pesadelos tinham virado sonhos. Já
nem sei se sonhei. Aidade está me deixando confuso. A resposta que dera ao
interlocutorno aeroporto de Dubai: “Eu sou brasileiro!” teria me tornado
cúmplicedessa situação?Um jornalista tenta me consolar dizendo que tudo
terminaria bem e queo nosso povo já tinha sido mais inteligente. Quando
estou tentando meconvencer disso sou surpreendido pela descoberta de que os
portuguesesnão eram menos inteligentes do que nós e que eles tinham
conseguidoprovar isso reunindo 300 mil pessoas embaladas pela versão de
umamúsica brasileira batizada com o título: “Ai, não nos
calam”,“dedicada à luta contra o desemprego, a precariedade, os
baixossalários e a política de austeridade que recai de forma pesada
sobreos trabalhadores deixando intocadas as fortunas e o capital".A
minha alegria foi curta pois sou informado a seguir que estavafazendo
grande sucesso a versão “gospel” da referida canção.Entre sonhos e pesadelos
a realidade diante de mim me leva a exclamar:“Ai, o que eu faço ?”.

Tuesday, January 3, 2012

Morte e Vida Canina



MORTE E VIDA CANINA (Pra nao dizer que nao falei dos caes!)“E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida)”Se perguntarmos a maioria das pessoas que nos cercam acerca do texto narrativo-dramatico acima vamos nos surpreender pela ingnorancia. Embora a obra de Joao Cabral de Melo Neto seja materia nas aulas de Lingua Portuguesa se falarmos de morte e vida severina receberemos olhares estranhos e expressoes de perplexidade de grande percentual de nossa geracao virtual. Mas, se falarmos de um pequeno cao espancado e morto pela dona, (ou deveria dizer mae?) teriamos certamente um grande debate em torno do assunto. Sim, pois a polemica que envolveu o ocorrido, gerando horas de programacao em varias emissoras de TV e espaco nobre nos noticiarios por varios dias trouxe consigo a impressao de que o Brasil ja nao tem Severinos.Deixe-me escalarecer que nao sou a favor da crueldade contra animais. Maltratar animais é crime previsto no Artigo 32, da Lei Federal dos Crimes Ambientais 9.605/98, que prevê pena de reclusão de três meses a um ano e multa. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorrer a morte do animal.A Pitada de Sal chama a atencao nesta edicao para a crueldade que ocorreu depois da morte canina. A multidao enfurecida com cartazes de protestos e pedras nas maos se tivesse cruzado com o Mestre Galileu teria ouvido a seguinte frase : Quem estiver sem pecado que atire a primeira pedra. Para a geracao virtual poderia ser dito: Quem estiver sem pecado que faca a primeira postagem e participe de um linchamento virtual!Quem ja se questionou acerca da vida e morte do fornecedor da carne ( o boi) do ultimo churrasco? Quem ja se preocupou com a vida do frango que comeu com a macarronada no ultimo domingo? Quem ja postou algum protesto acerca do produtor do couro (o jacare) da ultima bolsa comprada no Shopping Center? Nao seriamos todos cumplices?Mas, acima de tudo isso, quem ja perdeu o sono pensando na morte de tantos Severinos, a morte precoce por falta de atendimento medico na Rede Publica. A morte por negligencia na porta de um Hospital pela falta de um Plano de Saude? Quem ja protestou pela morte severina, morte de emboscada como a de Chico Mendes? Ou a morte de fome, morte dura de que morrem a cada dia tantos Severinos? Essa morte de desnutricao, de fraqueza e de doenca, que afeta ate a geracao nao nascida? O fato e que, gostando ou nao, a maioria da populacao brasileira e constituida de Severinos, iguais em tudo na vida. Quem ja nao teve um dia ruim na vida? Quem ja nao cometeu erros e equivocos. Certamente a enfermeira errou. Mas quem nao erra? Se crime praticou que julgue a justica. O volume de protestos e a indignacao acerca da morte canina ,como em outras situacoes tambem, demonstrou que a populacao e facilmente manipulada e que os indices de audiencia passaram a ditar o criterio no julgamento de valores. E que, afinal, a morte e vida Severina nao e tao importante como a morte e vida canina. O Brasil evoluiu! Ja nao e necessario o debate da reforma agraria, ja nao se faz necessaria a reforma eleitoral. A violencia contra a mulher e a exploracao do trabalho infantil fazem parte do nosso passado. As drogas ja nao assolam mais a juventude de nossas perifeiras e nem se infiltram mais nos condominios fechados de nossa elite burguesa. Sim, ja chegou o tempo que podemos utilizar horas de horario nobre na TV, debatendo acerca da morte e vida canina. Quando jovem gostava de cantarolar a musica de Eduardo Dusek :“Seja mais humano, seja menos caninoDê guarida pro cachorro mais também dê pro meninoSenão um dia desses você vai amanhecer latindo) ”