Friday, March 16, 2012

OLHA O AMENDOIM!(Rev. Luiz Corrêa)Uma das perguntas mais freqüentes que recebo é: “Quanto custa viajar para África?”, essa só perde para: “Que horas são aí?” quando falo com pessoas on-line!A história que vou contar tem sido usada por mim para desafiar os interessados em realizar uma viagem missionária, mostrando-lhe que existem inúmeras formas de se levantar recursos para isso. Afinal, se o Senhor chamou enviará os recursos e um dos canais será a nossa criatividade.Na década de 90 eu já realizava reuniões evangélicas em Língua Portuguesa na cidade de Pretoria, capital administrativa da África do Sul e alguns membros do corpo diplomático da Embaixada Brasileira faziam parte desse grupo. Uma manhã recebi a ligação do secretario do Consulado solicitando a minha ajuda, tratava-se de uma cidadã brasileira que desembarcara no Aeroporto Internacional Oliver Thambo, Johanesburg, e que não havia recebido a autorização para entrar. Portanto, a brasileira deveria retornar no mesmo vôo que a trouxera no dia seguinte. A minha assistência fora solicitada pois a mesma informara às autoridades que havia sido enviada por DEUS e, por razões humanitárias gostariam que eu comunicasse-a acerca da decisão oficial. Pensei: “mais um desses missionários malucos que passam por aqui!”, mas concordei com a condição de poder falar com a irmã sozinho em uma sala privada pois , antes de tudo, desejava ouvi-la. Além disso, certifiquei-me de que a mesma seria assistida com algum auxílio durante aquele dia. O Consulado assumiu a responsabilidade em aloja-la em hotel até o dia seguinte, e destinar-lhe alguma ajuda financeira para alimentação.Chegando ao Aeroporto fui apresentado à irmã e dirigimo-nos à sala que havia sido reservada para o encontro. Ela, uma senhora de aparência humilde e de traços nipo-brasileiros, apresentou-se como membro de uma determinada igreja e disse-me que havia recebido uma “palavra” acerca de sua ida para África. Contou-me o esforço que fizera para levantar os valores para aquisição do bilhete aéreo e os preparativos para sua viagem missionária. Confesso que fiquei sensibilizado pois era claro o enorme esforço que a mesma havia feito para estar ali, sendo que ouviria a seguir a determinação das autoridades de retornar no mesmo vôo que viera. Contou-me como o Senhor lhe dirigira para levantar os recursos: vender amendoim. Isso mesmo, ela levantara o valor do bilhete aéreo vendendo amendoins. Imagine quantas medidas de amendoim (a medida comum em SP é uma latinha de massa de tomates) ela tivera de vender!Na medida em que ouvia ficava mais difícil a minha missão e, em meu coração, pedia ao Espírito Santo que me orientasse. Em determinado momento olhei para ela e perguntei: “Irmã, o que, exatamente, o Senhor lhe disse para fazer aqui em África?”. Um momento de silêncio e ela olhou-me nos olhos e disse: “Somente para vir. O Senhor disse-me para vir.”; Olhei-a nos olhos e falei: “Pois é irmã, a senhora veio!”. Resposta: “Sim pastor, eu vim!” e conclui apresentando a sua situação legal e informando-a do seu retorno e daquilo que havia acordado com o Consulado Brasileiro. Ela feliz afirmou : ”Deus cuida dos seus, pastor.” Certamente, disse, Deus cuida dos seus minha irmã!Tendo a certeza de que a irmã estava encaminhada avisei o pessoal que me acompanhara que podíamos retornar para Pretoria. Viagem marcada por momentos de silêncio e curiosidade por parte dos meus acompanhantes. Claro que não se contiveram e acabaram por perguntar por que Deus havia enviado aquela senhora para retornar no dia seguinte, isso com um toque de ironia. Momento marcante para mim quando as palavras saíram de minha boca: “Deus a enviou para falar comigo!”, sendo que naquele momento não entendi a dimensão de minhas palavras. “Mas, o que Deus falou com o senhor pastor?”. Respondi: “Eu sou um pastor-missionário, espera-se de mim que eu ouça e obedeça quando o Senhor falar. Mesmo que seja para comprar um bilhete aéreo, viajar horas até outro continente, falar com uma pessoa e retornar. Porém, eu teria dificuldade em obedecer uma direção assim, pois pensaria no preço do bilhete, no número de horas de viagem e outros e encontraria, enfim, muitas “razões” para não obedecer. Mas essa senhora obedeceu, vendeu amendoins e comprou o bilhete, cruzou o atlântico e aqui esteve para me dizer: “Se tiver dificuldades financeiras para cumprir uma missão: venda amendoins.” Disposição para obedecer é o início de um milagre em nossas vidas! Já contei essa história centenas de vezes e cada vez que a conto me convenço de que o Senhor realmente enviou aquela mulher para falar comigo. Após esse incidente desfrutei de muitos milagres de provisão quando viajava para o que entendia ser uma missão. Cada vez que me dispus a vender amendoins o Senhor abriu o seu celeiro de bençãos e supriu as minhas necessidades, segundo as Suas riquezas em glória

Thursday, March 15, 2012

DECOLAR É PRECISO!

Tive a honra de ser um os preletores do Encontro Nacional de LíderesJUAD realizado em Florianópolis-SC. Privilégio foi também ser ministrado através de outros vasos de honra que ali estavam!
Creio que a Pra. Eliane deverá ser responsabilizada pela “Pitada deSal” desta edição,
pois em um momento inspirado afirmou que quando eraconfrontada com críticas
por não “decolar” pois não trocava de carrotodo o ano, não mudava de casa,
etc...ela rebateu dizendo que“decolava” sim, para África, Europa, Bolívia,
USA. Portanto, decolar épreciso, mas na direção e com as motivações
certas!Creio que o grande desafio para nós é compreendermos que
nãoprecisamos provar nada para ninguém e nem nos curvarmos a
um“evangelho competitivo” onde o sinal de espiritualidade se evidenciano
“decolar” equivocado. Cada um e nós tem a sua própria rota rumo agrandeza.
Escolho a palavra grandeza ao invés de sucesso paradiferenciar o sucesso
apregoado pelo século em que vivemos. Afinal, “éo sucesso e não a grandeza o
deus que governa este século”.Ser grande é maior do que ser bem sucedido. É
ir além do sucesso! É osucesso direcionado ao bem dos outros. Poderia dizer
que é o “sucessosolidário”, daquele que se realiza promovendo o sucesso dos
outros.Certa ocasião usei o exemplo de Mardoqueu, o primo de Ester, como
um“empreendedor social” e como um homem elevado à grandeza: “E todos
osatos do seu poder e do seu valor, e o relato da grandeza de
Mardoqueu,a quem o rei exaltou, porventura não estão escritos no livro
dascrônicas dos reis da Média e da Pérsia?” (Ester 10:2)É possível ser
uma pessoa de sucesso, segundo s padrões do mundo, enão desfrutar da virtude
da grandeza. Mardoqueu é o maior exemplo deum homem que foi grande em seu
tempo pois o seu sucesso foi colocado àserviço de sua comunidade.O homem
bem-sucedido é abençoado por seu povo e não meramenteaplaudido pela
multidão. A grandeza sobrevive ao sucesso e deixamemória para as gerações
vindouras. “Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do rei Assuero,
egrande entre os judeus, e estimado pela multidão de seus
irmãos,procurando o bem do seu povo, e proclamando a prosperidade de toda
asua descendência. (Ester 10:3)Henry Ford define o segredo de uma vida
bem-sucedida da seguintemaneira: “o verdadeiro segredo de uma vida
bem-sucedida é descobrirqual é o destino de uma pessoa e então
cumpri-lo”.Decolar é preciso! Em direção ao nosso destino, ao propósito que
ocriador semeou dentro de nós antes da fundação do mundo!Decolar é
preciso! Rumo à grandeza, decidindo hoje deixar uma herançapara as gerações
vindouras!Decolar é preciso! E atos de grandeza o passaporte para uma viagem
bem-sucedida!O ator Dany Thomas afirmou: “O sucesso da vida não tem nada a
ver como que você ganha ou consegue para si mesmo. Ele é o que você faz
pelosoutros.”

AI! O QUE EU FAÇO?

Estava na cidade de Dubai aguardando a conexão para o Brasil quandoadormeci na sala de espera do aeroporto e tive um estranho sonho. Nãosonhei com o dia em que a terra
parou, embora seja tentado a pensarque ela já parou e nós continuamos nos
movimentando. Aliás, essaquestão de movimento , às vezes, me faz pensar.
Aumentamos a cadadia o ritmo de nossas vidas sem nos perguntar para onde
estamos indo.A liberdade de movimento em nossa época nos enclausura em um
movimentosem propósito!Sonhei, ou acho que sonhei, que chegava em um
país e no aeroportocentenas de pessoas aguardavam por alguém que se tornara
celebridade.Em sua bagagem trazia o incrível feito de ter ido e agora
estarvoltando. Acordei com o sistema de som do aeroporto anunciando
oembarque. Em seguida alguém me pergunta se eu era árabe, ao querespondi
que era brasileiro. O interlocutor, visivelmente animado,disse que conhecia
uma música do meu país: “Ai se eu te pego...”,totalmente estranha para mim
até então. Pensei, grande sinal deminha existência, que preciso me
atualizar!Embarquei e adormeci novamente para continuar o sonho. Gosto
decontinuidade que até sonho procuro continuar. Nesta nova etapa dosonho
eu estava em outro país e todas as emissoras de televisãodisputavam para
entrevistar uma celebridade que tinha ido e agoravoltava. Na verdade me
pareceu um pouco confuso o fato de a própriaentrevistada não saber
exatamente a origem de sua fama. Os sonhospareciam se cruzar quando fui
despertado pelo aviso de turbulência.Decidi não sonhar mais! Durante o
restante da viagem preencheria otempo com leituras e filmes. Viagem longa é
como devorar um elefanteadulto: “uma mordida de cada vez”.Nos próximos
dias a minha mente seria inundada pelo som frenético de“Ai se eu te pego...”
nos intervalos comerciais das entrevistastelevisionadas daquela que foi e
voltou. Descubro, então, que meussonhos não eram sonhos mas tinham virado
pesadelo nacional. Ou, seilá, se meus pesadelos tinham virado sonhos. Já
nem sei se sonhei. Aidade está me deixando confuso. A resposta que dera ao
interlocutorno aeroporto de Dubai: “Eu sou brasileiro!” teria me tornado
cúmplicedessa situação?Um jornalista tenta me consolar dizendo que tudo
terminaria bem e queo nosso povo já tinha sido mais inteligente. Quando
estou tentando meconvencer disso sou surpreendido pela descoberta de que os
portuguesesnão eram menos inteligentes do que nós e que eles tinham
conseguidoprovar isso reunindo 300 mil pessoas embaladas pela versão de
umamúsica brasileira batizada com o título: “Ai, não nos
calam”,“dedicada à luta contra o desemprego, a precariedade, os
baixossalários e a política de austeridade que recai de forma pesada
sobreos trabalhadores deixando intocadas as fortunas e o capital".A
minha alegria foi curta pois sou informado a seguir que estavafazendo
grande sucesso a versão “gospel” da referida canção.Entre sonhos e pesadelos
a realidade diante de mim me leva a exclamar:“Ai, o que eu faço ?”.